sexta-feira, 21 de junho de 2019

Entenda porque a reforma da Previdência não acaba com privilégios

Com discurso de “combater privilégios” Bolsonaro retira direitos de quem ganha até dois salários mínimosEntenda porque a reforma da Previdência não acaba com privilégios




Sob o pretexto de combater privilégios, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) anunciou uma reforma da Previdência que, dentre outras medidas, quer aumentar a idade mínima e o tempo de contribuição para o recebimento da aposentadoria integral. Mas a verdade é que quase 65% dos beneficiários recebem, hoje, o equivalente a um salário mínimo, número que derruba por terra parte dos argumentos em prol da mudança.

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E não para por aí. À medida em que a proposta vai sendo detalhada, outros trechos desmentem a ideia de combate a desigualdades. Por exemplo: dos R$ 1,2 trilhão que o governo quer economizar, 83% vai sair de quem recebe até dois salários mínimos, ou seja, menos de R$ 2 mil.
Nessas faixas salariais, estão os trabalhadores mais suscetíveis ao desemprego, a precarização do trabalho e a redução da renda média. Problemas que estão sendo agravados no Brasil em meio a estagnação econômica que o país se encontra.
Paralelamente, a reforma mantém altos salários para os Três Poderes e privilégios para os militares. Esses últimos, tiveram uma reforma enviada a parte para o Congresso, com uma uma proposta que prevê um plano de carreira com reajustes de mais de 124%.
Em artigo publicado no Valor Econômico, Pedro Armengol, diretor da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal, aponta trechos da proposta e afirma que o discurso de combate a privilégios “não se sustenta”. “Com alguns dados conseguimos desmontar o que consideramos ser apenas uma máscara, uma farsa; uma mentira montada para convencer desavisados”, critica.
O próprio texto da reforma mostra que, enquanto o governo fala que todos terão que fazer sacrifícios pelo país, as regras só foram endurecidas para aqueles que já recebem os salários mais baixos e estão mais vulneráveis.

terça-feira, 11 de junho de 2019

PSDB fecha questão a favor do fim das aposentadorias

PSDB fecha questão a favor da reforma da Previdência
O presidente do PSDB, deputado Bruno Araújo (PE), anunciou hoje que o partido fechou questão a favor da aprovação da reforma da Previdência. A Executiva Nacional do partido e as bancadas tucanas na Câmara e no Senado ainda estão reunidas para decidir sobre a questão. "O PSDB vai se posicionar em todos os temas relevantes ao país", escreveu o parlamentar em sua conta no Twitter. Com a decisão, os parlamentares do PSDB terão que votar favoravelmente à proposta sob risco de serem penalizados internamente.


O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta manhã que é a primeira vez em 30 anos que o partido, como um todo, decide pelo fechamento de questão em torno de uma proposta. O PSDB é o segundo partido a tomar tal decisão. Em março, o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, também fechou questão em torno da reforma. A sigla informou na época que o parlamentar que não votar a favor das mudanças na Previdência pode até ser expulso da legenda.... - Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/estadao-conteudo/2019/06/11/psdb-fecha-questao-a-favor-da-reforma-da-previdencia.htm?cmpid=copiaecola Entenda a Reforma da Previdência em 3 minutos. Vídeo narrado por Seu Jorge explica o que está em jogo.

sábado, 8 de junho de 2019

PROTESTOS CONTRA CAPITALIZAÇÃO DA PREVIDÊNCIA NO CHILE QUE BOLSONARO QUER IMPLANTAR NO BRASIL

Imagens de um protesto no Chile em julho de 2017 contra o regime de capitalização na previdência, criado pelo ditador Pinochet e o mesmo que Bolsonaro e Paulo Guedes querem implantar no Brasil.

quinta-feira, 6 de junho de 2019

MPF AFIRMA QUE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA É INCONSTITUCIONAL, EM PARECER ENCAMINHADO AO CONGRESSO.

MPF AFIRMA QUE A REFORMA DA PREVIDÊNCIA É INCONSTITUCIONAL, EM PARECER ENCAMINHADO AO CONGRESSO.O Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer sobre a Reforma da Previdência, em que o resultado é profundamente desfavorável ao mercado financeiro e ao próprio governo Bolsonaro. Para o MPF, a Reforma é inconstitucional por ferir a princípio de solidariedade que é núcleo central da contribuição de 88.
O parecer foi encaminhando nesta quarta-feira (5) aos parlamentares que analisam a proposta. Segundo o texto, “o estabelecimento de um novo regime com base em um modelo de capitalização altera o princípio da solidariedade estabelecido como núcleo central da Constituição Federal de 1988”.
O modelo de previdência atual se baseia no financiamento dos pagamentos de aposentados e pensionistas, pelos trabalhadores mais jovens, que estão na ativa. Ou seja, há uma relação de solidariedade entre gerações, dado que a geração mais jovem, um dia será beneficiada da mesma solidariedade geracional exercida enquanto estava na ativa.
O MPF continua sua análise crítica à reforma, afirmando que o texto retira da constituição definições que ainda serão definidas em lei complementar, cujo texto nem existe ainda.
Para o MPF, a proposta “acaba por retirar do âmbito constitucional o tratamento de questões relativas à Previdência, visto que aspectos como rol de benefícios e beneficiários, idade mínima, tempo de contribuição, regras de cálculo dos benefícios, tempo de duração da pensão por morte e condições para acumulação de benefícios, por exemplo, passarão a ser disciplinados por lei complementar – e ‘cujo conteúdo é ainda desconhecido”.
Em outras palavras, seria uma carta em branco para o congresso alterar questões centrais da Previdência, sem a necessidade de maioria absoluta de dois terços, facilitando, no futuro, a retirada de direitos conquistados, o que também é inconstitucional.

quarta-feira, 5 de junho de 2019

RATINHO LEVOU R$ 268.000,00 PARA DEFENDER FIM DA SUA APOSENTADORIA


RATINHO LEVOU R$ 268.000,00 DE DINHEIRO PÚBLICO PARA DEFENDER FIM DA SUA APOSENTADORIA

Uma notinha minúscula no site da revista Época revela nesta segunda-feira (3) que “a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência desembolsou o valor de R$ 268.500 para a veiculação de merchandising a favor da reforma da Previdência no Programa do Ratinho, no SBT. Os valores foram obtidos via Lei de Acesso à Informação. A ação foi realizada no âmbito da Campanha Nova Previdência, com veiculação de 20 de fevereiro a 31 de março. Neste ano, a Secom já gastou R$ 6,5 milhões com campanhas a favor da reforma”.
O orçamento previsto para ludibriar a sociedade com anúncios favoráveis ao golpe na aposentadoria é de 40 milhões de reais. Além da publicidade escancarada nos horários comerciais das emissoras de rádio e tevê, nas páginas dos jornalões e revistonas e nos sites da mídia monopolista, a campanha inovou agora com as peças de merchandising – que são consideradas mais sutis e eficientes. Sem informar que se trata de anúncio pago, as celebridades midiáticas farão a campanha em defesa da “deforma”, enganando os midiotas desavisados.
Além do falastrão Ratinho, outros “famosos” da TV já teriam sido contratados pelo laranjal de Jair Bolsonaro. Luciana Gimenez, que se separou recentemente de Marcelo de Carvalho, o dono trambiqueiro da RedeTV!, é outra figura exótica que teria sido seduzida. Fala-se também em Rodrigo Faro, Milton Neves, Ana Hickmann e José Luiz Datena. A Secom se recusa a divulgar os nomes dos vendidos. A Época informa que “perguntou se o órgão havia contratado, de maneira direta ou por meio de agências de publicidade, figuras públicas para a propaganda da reforma da Previdência. Apenas o merchandising no Programa do Ratinho foi mencionado”.
Ratinho deve R$ 76,4 milhões em impostosO curioso nessa história é que as tais celebridades midiáticas são milionárias, não dependem da Previdência e, muitas delas, estão metidas em maracutaias. O repórter Igor Carvalho, do jornal Brasil de Fato, cita o caso emblemático do próprio bravateiro do SBT: “Contratado pelo governo federal para ser garoto-propaganda da Reforma da Previdência, o apresentador Carlos Roberto Massa, conhecido como Ratinho, deve R$ 76,4 milhões em impostos à União. Os débitos, quando isolados, revelam que do montante, R$ 38 mil são dívidas com a Previdência Social. Os dados estão disponíveis no banco de dados de dívidas ativas da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, vinculada ao Ministério da Economia. As dívidas fiscais foram acumuladas por uma das empresas de Ratinho, a Agropastoril Café no Bule Ltda, com sede em Apucarana, no Paraná, e que é responsável por administrar as fazendas da família Massa”.
do 247 VIA BoicotedoPIG