quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Eleições 2018: o que os candidatos pensam sobre o futuro da Previdência

Postulantes ao Planalto nas eleições de outubro se manifestaram sobre a situação do sistema de aposentadorias e possibilidade de reformá-lo

Eleições 2018: o que os candidatos pensam sobre o futuro da Previdência

A Favor do fim das aposentadorias

Alvaro Dias (Podemos)

É a favor de uma reforma na Previdência, mas argumenta que, antes, o governo precisará promover um grande esforço de transparência sobre o déficit e os custos do sistema.

Geraldo Alckmin (PSDB)

Defende uma reforma concentrada no fim dos privilégios do setor público, com a adoção de um sistema igual para todos os setores baseado em um teto geral e em regime de capitalização. Quem quiser se aposentar com um valor acima do teto público (que hoje é de 5.645 reais), poderá, pagando um valor complementar, fiel apoiador de Temer cogita votar em seu primeiro ano de mandato

Henrique Meirelles (MDB)

Diz que a Reforma da Previdência é inevitável, sob pena de inviabilizar o funcionamento do estado. Ele defendeu a proposta do governo, argumentando que seriam afetados os que ganham mais e se aposentam mais cedo.

João Amoêdo (Novo)

É a favor de reformar a Previdência e considera o atual sistema inviável. Para ele, não basta ajustar os benefícios e privilégios concedidos aos servidores públicos e militares.

Jair Bolsonaro (PSL)

Diz ser contra a proposta de reforma apresentada pelo governo, por ela ser “grande demais”. O pré-candidato do PSL afirmou que estuda a questão e cogita propor mudanças graduais nas aposentadorias, inclusive negocia com Temer a Reforma ainda esse ano em caso de vitória

José Maria Eymael (DC)

É a favor de uma reforma da Previdência, como forma de combater o déficit no sistema de aposentadorias.
CONTRA o fim das aposentadorias

Fernando Haddad (PT)

Rejeita a proposta de uma reforma da Previdência. Entende que o déficit pode ser superado a partir do combate à sonegação e da retomada da economia, com incentivo à formalização do trabalho.

Guilherme Boulos (PSOL)

É contra a proposta feita pelo governo Golpista. Defende a corte de privilégios do funcionalismo e a cobrança de dívidas de grandes empresas com o INSS.

João Goulart Filho (PPL)

É contra uma reforma. Defende a cobrança de empresas devedoras como estratégia para contornar o déficit.

Vera Lúcia (PSTU)

É contra qualquer reforma no regime de Previdência Social.

 Com posição intermediária 

Ciro Gomes (PDT)

Acredita que a proposta do governo Golpista aumenta a cobrança sobre os mais pobres sem resolver o problema. A sugestão de Ciro é adotar um novo modelo de aposentadorias, baseado em capitalização. Sua proposta é o de contas individuais: o mesmo valor pago na ativa, somado aos rendimentos financeiros, é o que sustentaria a aposentadoria.

Marina Silva (Rede)

Diz que o déficit na Previdência é inegável. Argumenta que o diálogo tem que ser feito com toda a sociedade e não apenas com a elite econômica, mas ainda não apresentou um modelo que defenderia se eleita.
Da Veja

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Em caso de vitória de Bolsonaro Reforma da Previdência pode ser retomada no final do governo Temer

Apesar das negativas oficiais, integrantes da campanha de Jair Bolsonaro admitem tentar votar a reforma da Previdência ainda neste ano num cenário de vitória do candidato do PSL na eleição presidencial. O Blog apurou que interlocutores de Bolsonaro já trataram desse tema com o auxiliares do governo Michel Temer.
Em caso de vitória de Bolsonaro Reforma da Previdência pode ser retomada no final do governo Temer

De forma pragmática, um integrante da campanha do candidato do PSL argumentou que seria muito melhor aprovar o texto da reforma da Previdência ainda neste ano por dois motivos: tranquilizaria o mercado e evitaria um desgaste de negociação com o novo Congresso no início de um eventual novo governo.
“Votar a reforma da Previdência esse ano daria tranquilidade para os primeiros meses de governo”, disse ao Blog esse integrante da campanha. Apesar da sinalização positiva, o tema não será colocado durante a campanha para evitar uma agenda impopular nesse momento.
No Palácio do Planalto, há disposição do governo em ajudar na aprovação do texto da reforma da Previdência, ou pelo menos, avançar na tramitação na Câmara dos Deputados.
O próprio presidente Michel Temer já sinalizou que daria prioridade ao tema nos dois últimos meses de seu governo. Ele gostaria de deixar esse legado. Mas que, para isso, precisaria de uma solicitação do presidente eleito.
A percepção no Planalto é de que haveria disposição de avançar na reforma da Previdência com a eventual eleição de Bolsonaro ou do tucano Geraldo Alckmin. Mas que haveria resistência num cenário de vitória de Fernando Haddad (PT) ou Ciro Gomes (PDT).
Fonte: G1 via saobentoemfoco