Depois do sucesso na compra de deputados para se salvar das denuncias de corrupção, governo de Michel Temer está disposto a torrar pelo menos R$ 14,5 bilhões para comprar votos de parlamentares e aprovar mudanças na aposentadoria dos brasileiros; essa conta pode ainda vir a crescer nas próximas semanas, com medidas que incluem compensações a estados, ajuda a prefeitos e emendas parlamentares; prefeitos já conseguiram de Temer a promessa de R$ 2 bilhões em recursos e o aval para a derrubada de um veto no Congresso que, na prática, pode beneficiar os municípios em “pelo menos” R$ 10 bilhões, nas contas da Confederação Nacional dos Municípios
247 - A retomada das articulações para aprovar a reforma da Previdência ainda este ano vai exigir do governo o pagamento de uma “fatura extra” de pelo menos R$ 14,5 bilhões em troca dos votos do parlamentares.
A conta pode crescer nas próximas semanas com medidas que incluem compensações a Estados, ajuda a prefeitos e emendas parlamentares.
O governo ainda está longe de reunir os 308 votos necessários para aprovar o texto, mas não desistiu de colocar a proposta em votação ainda este ano e já escalou seus principais líderes para conversas com bancadas nos próximos dias.
O governo já está lançando mão de novas benesses para melhorar o clima com o Congresso e angariar o apoio de prefeitos e governadores no corpo a corpo com deputados.
Elas vão além das concessões feitas entre abril e maio, que incluíram os diversos programas de parcelamentos de débitos com direito a descontos em juros e multas - um para contribuintes em geral, um para Estados e municípios e outro para o setor rural.
Os prefeitos já conseguiram de Temer a promessa de R$ 2.000.000.000,00 em recursos e o aval para a derrubada de um veto no Congresso que, na prática, pode beneficiar os municípios em “pelo menos” R$ 10.000.000.000,00 (10 bilhões), nas contas da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
As informações são de reportagem de Idiana Tomazelli, Igor Gadelha e Adrina Fernandes no Estado de S.Paulo.
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